FINAL DO PAULISTA (3): TÉCNICO DA SELEÇÃO FEMININA ENIO ANGELO VECCHI

DEPOIMENTOS DA NÁDIA, MICAELA E DO TÉCNICO DA SELEÇÃO FEMININA, ENIO ANGELO VECCHI

ENIO VECCHI E RICARDO MOLINA, PRESIDENTE DO AMERICANA
NÁDIA “Estou imensamente feliz, pois este é o meu primeiro título como adulta, nosso time mereceu e lutamos muito para estar aqui comemorando hoje.
Agora vou para a seleção, no ano passado não pude ir ao Mundial, estava contundida, e com isso, a vontade triplicou agora de servir à seleção”.
Foram palavras da pivô de Santo André, Nadia. Quando eu a felicitei por estar na seleção, ela agradeceu e retribuiu a minha presença me desejando felicidade no meu trabalho.

MICAELA Eu que já acompanho sua carreira há bastante tempo, e vejo você ganhando mais um título como se sente com mais uma conquista?
-E bons momentos, você foi ao Pré-olímpico, Copa América, sei que você está em todas e eu estou feliz por ser campeã paulista, me sentido com novo fôlego muita vontade sabendo que ninguém Põe limite para mim. Quem põe limite para mim, sou eu mesma. Quero cada vez jogar melhor, ajudar minha equipe de Santo André, e agora a seleção brasileira.

ENIO VECCHI
Como você viu o nível técnico dos jogos desta final?
_ Venho acompanhando desde a liga Nacional e agora o Paulista e vejo uma evolução de conjunto das equipes. Com mais jogos, mais competições, as atletas vão se fortalecendo e os técnicos podem fazer uma avaliação melhor de suas equipes. E isso é importante, pois na seleção, podemos dar seqüência do trabalho realizado pelos treinadores em suas equipes. A seleção nada mais é a seqüência dos trabalhos dos técnicos em seus clubes.
Enio, este campeonato com somente cinco participantes. Você vê uma perspectiva de aumentar esse número porque, fortalecendo os clubes, a seleção ficará mais fortalecida.
_ Tendo o incentivo de ter mais equipes e você vê que no mundo inteiro não existe campeonatos de dez ou doze equipes de bom nível, alguns países podem até ter mais são situações específicas. Então se agente pudesse ter umas três ou quarto equipes a mais seria ideal, mas nisso se esbarra no patrocínio, incentivo. Aqui temos a mania de cobrar justamente daqueles que mais fazem, pois veja bem, Americana faz excelente trabalho como também em Santo André, Ourinhos, Jundiaí, no Bradesco, em Catanduva, veja, o Guilherme está fazendo um excelente trabalho na Magueira,enfim, em grandes centros do basquete feminino fazem um bom basquete, agora precisa haver mecanismos de incentivos para demais cidades. Creio com o advento das Olimpíadas, o Governo poderia dar um incentivo, juntamente com a Confederação e federações para conseguir um número maior e trazer jogadoras que atuam no exterior e assim fortalecer o basquete internamente.
Como está o planejamento da seleção?
_ Estamos planejando há muito tempo esse trabalho e a estrutura que hoje a CBB oferece à comissão técnica é muito satisfatória vamos treinar na cidade de São Caetano que também colabora com isso e o basquete vai procurando seu centro de treinamento. Tudo isso é muito importante e reflete dentro da quadra. Eu costumo dizer que a parte administrativa, estrutural, vamos chuta, se representar 20%, agente tiver esses 20% garantidos, já ajuda muito os outros 80% da nossa parte,ou que seja menos; 15%, 10%,
Aquilo que faltar porque se você tem que dar os 100% fica sobrecarregado e acaba tendo que exigir uma superação das atletas.
Desejo um bom trabalho na seleção e que seja coroado de sucessos.
_ Estamos trabalhando para isso e o sucesso da seleção é o próprio sucesso do nosso basquete feminino.