domingo, 11 de setembro de 2011

RUBÉN MAGNANO COMANDA VITÓRIA HISTÓRICA DO BASQUETE BRASILEIRO - OPINIÃO

Rúben Magnano comanda vitória histórica do basquete brasileiro - Opinião. Por Diego Evangelista
-O técnico da seleção brasileira de basquete masculino, Rúben Magnano, comandou a conquista da vaga olímpica para o basquete brasileiro, no torneio que se encerrou no último domingo, na Argentina.
O selecionado masculino brasileiro não conseguia a classificação olímpica desde 1996, ou seja, era um hiato de três edições dos Jogos Olímpicos sem a participação dos jogadores do basquete nacional, muito para um país com tradição neste esporte, onde já alcançamos dois títulos mundiais e três medalhas olímpicas (ver quadro abaixo).O técnico, natural de Córdoba, na Argentina e hoje residindo em São Sebastião do Paraíso, sul de Minas Gerais, onde está localizado o Centro de Treinamento da Confederação Brasileira de Basketball – CBB, foi campeão olímpico em 2004 e vice mundial em 2002 comandando a Argentina, entre outros títulos, e assumiu a seleção brasileira em 16 de janeiro de 2010, promovendo uma revolução no basquete brasileiro ao introduzir seu jeito próprio de comandar o selecionado e mais do que isso, de influenciar as decisões à respeito do esporte no país, lutando para a criação da Escola Nacional de Treinadores, que capacita treinadores de basquete em todos os níveis. Outra luta de Magnano foi pela implantação do Centro de Treinamento das categorias de base do basquete nacional, instalado na Arena Olímpica de São Sebastião do Paraíso, para onde se mudou com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento da base do basquete brasileiro, que já conquistou títulos importantes este ano, como o Sul-Americano sub-17.
Pessoa extremamente simples e simpático no dia a dia, como atestam os paraisenses que convivem diariamente com o campeão, Rúben se transforma ao pisar dentro de uma quadra. Campeão olímpico, ninguém duvida de sua capacidade para comandar times. Foi assim com o Atenas, de Córboba, foi assim com a Argentina e está sendo assim com o Brasil desde que ele assumiu. Exigente em todos os detalhes, é um grande gestor de equipe, estrategista brilhante e sabe conduzir todos para o mesmo objetivo.
Com sua conquista, calou até os críticos costumazes do basquete brasileiro, que se renderam ao seu talento elogiando suas atitudes, como por exemplo esta crítica/elogio encontrada em um blog, após a vitória contra a República Dominicana, resultado que garantiu o Brasil em Londres 2012: " Rubén Magnano mudou muito o time dentro de quadra, é verdade (poucos erros, nada de exagero nos três pontos, muitos passes e uma defesa que chega a arrepiar de tão boa que é), mas isso também é pouco para falar de seu trabalho.
Magnano disse não aos estrelismos, fechou o grupo e trouxe os atletas para perto dele. Mas, ei, isso também não é tudo. O cara rodou o país inteiro para olhar atletas e conhecer o trabalho de base por aqui (lembram que ele foi ver um Brasileiro de seleções da segunda divisão no Acre?), fixou moradia em São Sebastião do Paraíso para acompanhar a Sub-19 e a Sub-17 e é um dos maiores entusiastas da Escola de Técnicos (ENTB).
"Magnano segue residindo em Paraíso, que continuará a ser sede do treinamento das categorias da base do basquete brasileiro até 2016, conforme contrato entre o município e a CBB. Por lá agora também segue a máxima que o técnico utilizou na lousa da preleção do jogo que levaria o Brasil à Olímpiada de Londres 2012: " As portas da glória estão abertas para as pessoas que acreditam em si mesmas."

Brasil no Basquete olímpico masculino
10º no Quadro de Medalhas de basquete masculino das Olimpíadas com 3 medalhas de bronze (1948, 1960 e 1964).
• 1936 - 9º lugar (2 vitórias, 2 derrotas)
• 1948 - Bronze (7 vitórias, 1 derrota)
• 1952 - 6º lugar (4 vitórias, 4 derrotas)
• 1956 - 6º lugar (3 vitórias, 4 derrotas)
• 1960 - Bronze (7 vitórias, 2 derrotas)
• 1964 - Bronze (6 vitórias, 3 derrotas)
• 1968 - 4º lugar (6 vitórias, 3 derrotas)
• 1972 - 7º lugar (5 vitórias, 4 derrotas)
• 1976 - Não participou
• 1980 - 5º lugar (4 vitórias, 3 derrotas)
• 1984 - 9º lugar (3 vitórias, 4 derrotas)
• 1988 - 5º lugar (4 vitórias, 3 derrotas)
• 1992 - 5º lugar (4 vitórias, 4 derrotas)
• 1996 - 6º lugar lugar (3 vitórias, 5 derrotas)
• 2000 - Não se classificou
• 2004 - Não se classificou
• 2008 - Não se classificou

Quadro de Medalhas de Basquete masculino nos Jogos Olímpicos
Pos. - País - Ouro - Prata - Bronze - Total
1 - Estados Unidos - 13 - 1 - 2 - 16
2 - União Soviética - 2 - 4 - 3 - 9
3 - Iugoslávia - 1 - 4 - 1 - 6
4 - Argentina - 1 - 0 - 1 - 2
5 - Espanha - 0 - 2 - 0 - 2
5 - França - 0 - 2 - 0 - 2
5 - Itália - 0 - 2 - 0 - 2
8 - Canadá - 0 - 1 - 0 - 1
8 - Croácia - 0 - 1 - 0 - 1
10 - Brasil - 0 - 0 - 3 - 3
10 - Lituânia - 0 - 0 - 3 - 3
12 - Uruguai - 0 - 0 - 2 - 2
13 - Cuba - 0 - 0 - 1 - 1
13 - México - 0 - 0 - 1 - 1
Diego Evangelista é assessor de imprensa do Paraíso Basquete.

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