terça-feira, 29 de julho de 2008

BASQUETE MASCULINO MAIS UMA VEZ, DE FORA DAS OLIMPÍADAS

Atlanta, 1996. O nosso basquete masculino, ainda com os arremessos certeiros de Oscar, o Brasil disputava mais uma competição internacional. Só que depois dessa, nossa seleção masculina não voltou ainda para as quadras, em se tratando de Olimpíadas. Nossos atletas obtém credências para jogar na Europa, em suas grandes equipes, nossos atletas conseguem entrar para o seleto grupo da liga profissional dos Estados Unidos. Esses nossos atletas são convocados para defender a seleção brasileira, mas as vitórias vão se distanciando cada vez mais.
Chegamos ao ano 2008, as poucas esperanças ainda estão nos mais otimistas torcedores pois com duas tentativas de ganhar a vaga. Na primeira, no Pré-olímpico das Américas com duas vagas em jogo, uma a potência americana ganha e a outra, a seleção “B”da Argentina, elimina o Brasil, mas nem tudo está perdido, ainda existe o Pré-olímpico mundial.

Nossos dirigentes encontram uma solução e contratam um técnico estrangeiro, o espanhol Moncho Monsalve, nossos atletas que jogam nos Estados Unidos, se recusam a defender a camisa “verde e amarela”, o Brasil vai para Grécia disputar uma vaga; ganha de um “Líbano” e depois as derrotas voltam... perde para a Grécia, para a Alemanha e se despede mais uma vez, do sonho olímpico...
Seis seleções européias são as classificadas, duas das Américas, duas da Ásia , China, país sede já tinha uma garantida e os demais continentes, uma vaga para cada como manda o espírito olímpico. Agora, resta esperar mais quatro anos, mais se nada mudar, esse filme poderá ser repetido.



ENQUANTO ISSO ... O FELIZ BASQUETE FEMININO JÁ ESTÁ EM PEQUIM


Enquanto são claras as diferenças entre o basquete masculino e o basquete feminino, aqui no Brasil, diferenças essas que poderiam ser consideradas como preconceito; entra ano, sai ano, vemos o tratamento desigual entre as duas categorias e podemos chamar o basquete feminino de “primo pobre da Confederação”
Como pela primeira vez pude acompanhar, fora do Brasil, a seleção feminina a uma competição, é contagiante ver a alegria, a felicidade, a vontade de vencer destas heroínas do nosso esporte, e creio que, chamá-las de heroínas, é o melhor adjetivo para expressar esta seleção.


Lá em Madrid, a rotina de um Pré-olímpico não existe folga e mesmo o raro problema causado na modalidade, a recusa da atleta Iziane de jogar o que levou a comissão técnica a dispensar a atleta num momento que o Brasil precisava vencer a forte equipe da Letônia. Mas o basquete continuou, mesmo sem Iziane, que joga na WNBA, as onze meninas se superam e ganharam a vaga para Pequim.




Mais uma prova do preconceito: a seleção masculina viaja em classe executiva, enquanto que a feminina, viaja em classe econômica, é melhor dizer preconceito para não dizer adjetivos piores.

Curta a festa das meninas do nosso basquete, vocês merecem uma medalha, não importando a classificação.
O Brasil está no grupo “A” e terá como adversários na primeira fase a Coréia (dia 9), Austrália (11), Letônia (13), Rússia (15) e Bielorrússia (17). No grupo “B” estão China, Estados Unidos, Espanha, Máli, Nova Zelândia e República Tcheca.

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