quarta-feira, 27 de agosto de 2008

BRASIL NÃO CONSEGUE REPETIR AS BOAS ATUAÇÕES ANTERIORES

CAMPEÃS OLÍMPICAS

Sue Byrd EUA


Anne Donovan técnica EUA










O nosso basquete feminino que há mais de dez anos, tem mantido sempre entre os quatro melhores do mundo e até que no ano de 1994, onde o Brasil sagrou-se campeão do mundo. Depois disso, ainda ganhou duas medalhas olímpicas (prata e bronze) e hoje, em Pequim, nossas meninas obtiveram uma série de derrotas, lembrando também que oito jogadoras estão debutando em uma Olimpíada.
Muitas perguntas serão feitas á procura de encontrar o porquê dessas derrotas; a culpa é do técnico? Não convocou as melhores? Substituiu mal? Faltou condicionamento físico? E tantas outras perguntas similares para se encontrar os culpados por esse fracasso em Pequim.
Respondendo a todas estas perguntas e mais outras ainda que supostamente alguém encontre a solução, devemos fazer uma regressão no nosso basquete e ver como se situa o mesmo no mundo. Uma pequena comparação entre o nosso basquete masculino que é bi-campeão mundial e hoje, porém está de fora há três olimpíadas e olha que aqui no Brasil o basquete feminino é considerado o primo pobre da federação, da confederação e por aí afora o esporte vai seguindo em passos lentos. Estamos num país onde a seleção masculina viaja em classe executiva e a seleção feminina viaja em classe econômica... apenas um exemplo entre tantos mas falando ainda da equipe masculina, nossos grandes astros não puderam servir a seleção no mesmo tempo que quantos atletas se naturalizaram em outra nação para poder participar de uma tão sonhada Olimpíada.
Com esta posição atual temos que parar para pensar e como organizar o nosso basquete de hoje em diante, pois o basquete feminino vive de heróis e grandes heroínas responsáveis pelas grandes conquistas. Alguns desses heróis estão àqueles professores de Educação Física que sempre ensinaram e exigiram que o aluno (a) drible sem olhar a bola, por exemplo, técnicos anônimos de categorias de base e até chegar a representantes como Paula, Hortência, Janeth, Helen e muitos nomes que levaram o Brasil para o topo de mundo. O Brasil não pode viver só de heróis isolados e abnegados amantes do esporte para levá-lo em frente, agora está em tempo de reestruturar e por que não dizer: começar tudo de novo. O mapa-múndi do basquete mudou muito, antigamente existia uma União Soviética como uma potência mundial, hoje no lugar dela, há várias “Rússias” como potências o mesmo aconteceu coma Iugoslávia e são mudanças que exercem influencias sobre nós. O mapa geo-econômico também muda constantemente; depois de mais de 50 do império da liga profissional americana, o eldorado de todos, está surgindo uma nova Europa no basquete é só esperar um ano mais para ver-mos tudo isso.
Portanto, para responder as perguntas iniciais, digo que mesmo com todas as derrotas do nosso basquete feminino, estas jogadoras são umas heroínas e o técnico Paulo Bassul um grande comandante juntamente com toda sua equipe de assistentes e equipe médica. Bassul é um nome ideal para comandar nossa seleção masculina, mas o nosso sofrido basquete feminino não pode ficar sem ele.
Quero agradecer as nossas queridas atletas e guerreiras de sempre do basquete feminino, heroínas de nosso esporte, como é bom ver vocês jogando, vocês transmitem amor para o nosso torcedor. Ao todo elenco que comandou nossa seleção em Pequim e ao particular amigo, o médico da seleção Dr. Carlos Eduardo Marques, meus agradecimentos e digo que “amanhã será um novo dia..” Dr. Carlos Eduardo Marques
Para corrigir o que vamos chamar de erros acontecidos em Pequim, vamos começar “tudo de novo”, ensinar a criança como se pega na bola e que nosso país cresça, e para que isso aconteça,será o dia em que nossos governantes descobrirem que o esporte é o melhor caminho para se educar as crianças de hoje e conseqüentemente os homens de amanhã.

CAMPANHA DO BRASIL

BRASIL 62 X 68 Coréia
BRASIL 65 X 80 Austrália
BRASIL 78 X 79 Letônia
BRASIL 64 X 74 Rússia
BRASIL 68 X 53 Bielorrússia

CLASSIFICAÇÃO FINAL:EUA CAMPEÃ E BRASIL 11º (QUE CRITÉRIO É ESSE ?)
Com toda justiça, a equipe dos Estados Unidos é campeã pela quarta vez consecutiva, sexta medalha de Ouro. Agora, como o Brasil não se classificou entre os oito primeiros, teria que disputar na quadra, de 9ºa 12º, mas no novo critério, não houve mais disputas e nossa seleção ficou em 11º lugar.
1º Estados Unidos
2º Austrália
3º Rússia
4º China
5º Espanha
6º Bielorrússia
7º República Tcheca
8º Coréia
9º Letônia
10º Nova Zelândia
11º BRASIL
12º Mali

NÃO ME CONFORMO...
Está havendo sempre mudanças nos critérios olímpicos, mas esta contagem de medalhas nos esportes de provas individuais com mesmo valor de um esporte coletivo.
Um exemplo, a pivô Lisa Leslie ganhou sua quarta medalha de ouro, portanto, ela participou de quatro olimpíadas consecutivas, um feito realmente inédito; agora, um nadador ganha em uma única olimpíada oito medalhas de ouro o que representa uma grande façanha. Pergunto: um atleta jogar quatro olimpíadas já é um grande feito, e ganhar medalhas em todas elas já é bastante, e se estas medalhas também são todas de ouro, qual será o mais difícil de conseguir?

VICE-CAMPEÃS
lauren Jackson AustráliaPenny Taylor Austrália

Nenhum comentário: