quarta-feira, 22 de outubro de 2008

ENTREVISTA COM ALEXANDRE BORGES, TÉCNICO DO BASQUETE FEMININO DE FRANCA

Ele é responsável pela formação de centenas de jovens que entenderam o que é o basquete, a formação moral e cívica que este esporte nos proporciona. Ele formou e continua formando jovens equipes e colocando-as no imenso cenário do basquete.
No momento que nosso basquete não passa por bons momentos, por falta de pessoas dedicadas totalmente ao basquete, por falta de amor ao esporte da cesta, falta até mesmo, uma política adequada para nossa realidade esportiva.
Alexandre voltou para Franca, montou uma jovem equipe para debutar no importante campeonato paulista juvenil, traçou uma meta de levar seu time aos playoffs e conseguiu. Alexandre não é só técnico, ele busca patrocínio, faz as inscrições de atletas, é relações públicas enfim é um profissional dedicado extremamente ao basquete e com mais “Alexandres Borges” será de grande valia para o futuro de nosso basquete e no momento em que, importamos um técnico estrangeiro, não mais seria necessário pois temos Alexandre Saldanha Borges, leia o que ele diz:

CHUÁ – Alexandre, eu o conheço desde quando jogava basquete, como foi sua carreira como jogador e tão novo ainda parou para ser treinador?
ALEXANDRE – Bem, acabei não jogando muito tempo, pois o tamanho me impediu de jogar o nível que desejava. Daí, como já era formado em Educação Física e adorava o basquete, resolvi ser técnico. E acho que acertei na decisão.

CHUÁ – Você atuou grande parte de sua carreira em Franca e por mais de 5 anos, em Araraquara. Por onde mais você já dirigiu equipes adultas?
ALEXANDRE – Em 91 trabalhei com adulto masculino de Ponta Grossa (PR), ficamos em 3º no estadual e em 2º nos Jogos Abertos de Paraná. Em 95, trabalhei com todas as categorias do masculino em Uberlândia (MG).

CHUÁ – Seu nome está sempre associado ao basquete feminino, você gosta mais de dirigir equipes femininas ou trabalhar com os “meninos”?
ALEXANDRE – Sempre trabalhei mais com o feminino, me identifico mais, mas trabalhei também com o masculino, também em Franca. É diferente, mas não vejo dificuldades, pois, o basquete deve ser jogado com a mesma intensidade, guardando é claro, as diferenças físicas.

ALEXANDRE JÁ LEVOU O FEMININO DE FRANCA PARA A “A1”
ALEXANDRE:ORIENTAÇÕES SEGURAS
CHUÁ – Quais foram suas conquistas mais inesquecíveis?
ALEXANDRE – Sou 9 vezes campeão dos Jogos Regionais da Zona Norte, mas o maior título, foi de campeão da A2 adulta da Federação em 93,além do único título com jogador, no JIMI em 89, por Sacramento (MG)

CHUÁ – O basquete feminino sempre foi o “primo pobre” das entidades que dirigem o esporte, mas na hora de representar o Brasil no cenário mundial, ele se destaca como você explica isso?
ALEXANDRE – No feminino existe mais união das jogadoras e as pessoas que dirigem o feminino e trabalham mais em favor da modalidade do que em causa própria. Falta mesmo é divulgação.

CHUÁ – Como acompanho sua carreira, já vi a equipe feminina de Franca, dirigida por você, ser campeã da “A2”, vi sua equipe enfrentar a Ponte Preta de Paula e Cia, ganhar a vaga para disputar o campeonato paulista da elite e o time acabou. Agora você voltou à Franca e qual é o seu projeto para o basquete desta cidade?
ALEXANDRE – Espero que possamos reestruturar a modalidade, reconquistarmos o título dos Jogos Regionais e daí partir para uma estrutura, que nos dê condições de colocar nosso basquete feminino no lugar de direito.

205 X 06 UM RECORDE
ALEXANDRE, ESPOSA CLEONARA E O AMIGO PIOVESAN
CHUA – Ano 2000, se não me falha a memória, você dirigindo a equipe feminina de Franca nos Jogos Regionais da Zona Norte, venceu a de Batatais por 205 a 06, a mim este recorde deveria estar no Livro dos Recordes, como você analisa a imprensa atuando na divulgação do basquete e principalmente no feminino?
ALEXANDRE – Segundo o professor Sergio Aleixo, este recorde supera todos os do masculino, é realmente para o Livro dos Recordes do basquete francano pelo menos. Fazer o que, nós do feminino vivemos meio no ostracismo da imprensa em geral. Se não fosse pessoas como você, não teríamos espaço nenhum na mídia.

CHUÁ – Você que é um estudioso e sempre atualizado treinador do basquete feminino, foi a São Paulo para acompanhar o Mundial Feminino,você esperava mais que um 4º lugar para o Brasil e a Austrália mereceu o título?
ALEXANDRE – Do Brasil, esperava mais um pouco...Já o título ficou em boas mãos

CHUÁ – O basquete está numa crescente em todo mundo, como você explica o sucesso de basquete argentino e inclusive, o feminino de lá, tem melhorado muito, o que está faltando para o nosso crescer também?
ALEXADRE – O basquete argentino amargou uma espera muito grande para atingir o nível que está hoje. O trabalho foi minucioso e muito bem feito. E o que marcou esta melhora, foi a junção das qualidades que nós latinos possuímos, de versatilidade com o controle de jogo do europeu. Deu nisto. O masculino é campeão Olímpico e o feminino em breve, poderá atingir resultados expressivos no adulto, pois, nas categorias menores, já estão.

CHUÁ – Para terminar, quero que você deixe uma mensagem para quem gosta de basquete e este BLOG estará sempre à sua disposição para divulgar o seu trabalho.
ALEXANDRE – Desejo todo sucesso para você e seu brilhante trabalho na difusão de nossa modalidade e que nós que respiramos basquete, jamais nos deixemos levar pela falta de apoio dos outros. Deus te abençoe, sempre. Um abraço.

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