Nesta terça-feira, a Liga Nacional de Basquete (LNB) definiu o nome das equipes que estarão em quadra no Jogo das Estrelas, no dia 21 de fevereiro, às 10h30, no Ginásio Tancredo Neves, o Sabiazinho, em Uberlândia. Relembrando a história da modalidade, a LNB faz uma homenagem para duas figuras extremamente importantes para o basquete brasileiro. Os dois times receberão os nomes de Kanela e Pedroca. O NBB é um campeonato organizado pela Liga Nacional de Basquete (LNB), em parceria com a Rede Globo e patrocínio da Eletrobrás, Caixa Econômica Federal e Spalding
KANELA
Togo Renan Soares, mais conhecido como Kanela, (João Pessoa, 22 de Maio de 1906 -- 12 de dezembro de 1992), começou sua carreira como jogador de pólo aquático e futebol, porém, foi como treinador de basquete que marcou seu nome na história. O treinador esteve no comando do Flamengo de 1948 a 1970, conquistando o Campeonato Carioca em 12 oportunidades. Na Seleção Brasileira, o técnico iniciou sua trajetória em 1954 e foi uma figura importante nas conquistas dos títulos Mundiais em 1959 e 1963. À frente do seleção, Kanela ainda ganhou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Roma, em 1960; foi vice-campeão mundial em 1954, no Brasil; e em 1970, na Iugoslávia.
Kanela dará nome à equipe A, que terá como representantes: os armadores Fúlvio (São José), Fernando Penna (Paulistano) e Manteguinha (Joinville); os alas Marcelinho (Flamengo), Thomas (Assis), Rogério (Franca), Guilherme Filipin (Londrina) e Alex (Bauru); e os pivôs Murilo (Minas), Olivinha (Pinheiros), Deivisson (Araraquara) e Rafael Mineiro (São José).
Um dos grandes jogadores brasileiros, Amaury Passos, bicampeão mundial, relembrou o passado e fez elogios ao seu ex-técnico. "Para mim, Kanela é a grande personalidade do basquete brasileiro", afirmou. "Ele é o maior responsável pelo sucesso da modalidade e por colocar o Brasil entre os três melhores do mundo", completou. Para Amaury, seu ex-comandante tinha um perfil peculiar e não se contentava com pouco. "Ele era um homem determinado, que se fazia respeitar e tinha um espírito vencedor. Foi um líder como eu nunca vi igual", concluiu.
Para tentar vencer a equipe Kanela, do outro lado da quadra estarão os jogadores do time Pedroca, que, até então, estava sendo chamada de equipe B. Os atletas que vestirão a camisa da equipe Pedroca serão: os armadores Larry (Bauru), Valtinho (Universo) e Sucatzky (Minas); os alas Alex (Universo), Shamell (Pinheiros), Tony Stockman (Franca) e Jefferson Sobral (Joinville); e os pivôs Guilherme Giovannoni (Universo), Baby (Paulistano), Tiagão (Joinville), Shilton (Joinville) e Estevam (Universo).PEDROCA
Pedro Murilla Fuentes nasceu em São Paulo, em 1929, e chegou à Franca como professor de educação física, formado pela USP. No começo do trabalho com basquete, Pedroca colocou em prática sua filosofia de trabalho baseada no desenvolvimento da defesa. O ex-técnico francano também esteve a serviço da Seleção Brasileira em duas ocasiões: nos Jogos Olímpicos de 1972, em Munique, e 1980, em Moscou. A história dos dois homenageados do evento se cruza nas Olimpíadas de 1972, quando Pedroca foi assistente técnico de Kanela e o Brasil terminou a competição na sétima posição.
Durante a fase em que esteve como técnico do time de Franca (1948-1983), Pedroca comandou o garoto Hélio Rubens, atual técnico da equipe e um dos nomes mais importantes do basquete do município. Comandado por Pedroca em seu período como jogador, Hélio define a filosofia de trabalho aplicada. "Era um visionário. Ninguém entendia quando ele falava que não era para deixar o jogador adversário pensar e que o basquete não se resumia a saltar e correr. Hoje é o conceito mais moderno de basquete, já que quem não pensa, faz no improviso e está mais sujeito a erros. Marcar a linha de passe, marcação mista - utilizar simultaneamente a marcação por zona com a individual - eram coisas que Pedroca já fazia há mais de 40 anos", disse.Obs.: as fotos, eu fiz de revistas e livros do meu arquivo.
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